"...Disseque as suas motivações, mais profundamente! Achará que alguma vez alguém fez algo totalmente para os outros. Todas as acções são auto-dirigidas, todo o serviço, todo o amor é amor-próprio. - As palavras de Nietzsche fluíram mais rapidamente, e prosseguiu célere. - Parece surpreendido com este comentário? Talvez esteja a pensar naqueles que ama. Cave mais fundo e descobrirá que não os ama: ama, isso sim, as sensações agradáveis que o tal amor produz em si! Ama o desejo, não o desejado. Assim, permita que lhe pergunte de novo: por que me pretende servir? Pergunto-lhe, novamente, doutor Breuer - aqui a voz de Nietzsche tornou-se severa: - quais as suas motivações?..."
Excerto de diálogo entre o filósofo Friederich Nietzsche e o médico e um dos pais da psicanálise Josef Breuer, no romance "Quando Nietzsche chorou" de Irvin D. Yalom (psicoterapeuta).
Andamos todos focados no nosso umbigo! Essa é que é essa!! :)
Sim, sim, já me tinha chegado esta perspectiva, mas é tão redutora...
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