28 de setembro de 2006

Conselhos de vida


"Mostra-te tão flexível como um bom pugilista: aprende a aparar os golpes da vida. De cabeça erguida, sempre.
Não te deixes cair em falsos esquemas.
Vota Democrata em todas as eleições. (*)
Dá os teus passeios de bicicleta no parque.
Sonha com o meu corpo perfeito, resplandecente.
Toma as tuas vitaminas.
Bebe oito copos de água por dia.
Torce pelos Mets. (**)
Vê montes de filmes.
Não trabalhes demasiado.
Passa uns dias em Paris comigo.
Vai ao hospital quando Rachel tiver o bébé e pega no teu neto.
Lava os dentes depois de todas as refeições.
Não atravesses a rua com o sinal vermelho.
Defende os pequenos deste mundo.
Luta pelos teus direitos.
Lembra-te de toda a tua beleza.
Lembra-te de que te amo muito, muito.
Bebe um scotch com gelo todos os dias.
Inspira e expira profundamente.
Mantém os olhos bem abertos.
Foge das comidas gordurentas.
Dorme o sono dos justos.
Lembra-te de que te amo muito, muito."


Nathan para a sua amada Joyce
em As loucuras de Brooklyn de Paul Auster



* ou, vota esquerda
** torce Benfica (de preferência)

20 de setembro de 2006

Atitudes

“Quero falar de felicidade e bem-estar, desses raros e inesperados momentos em que a voz na nossa cabeça fica silenciosa e nós nos sentimos em comunhão com o mundo.
Quero falar do tempo de princípios de Junho, de harmonia e do abençoado repouso, de tordos e de tentilhões amarelos e azulões disparando pelas folhas verdes das árvores.
Quero falar dos benefícios do sono, dos prazeres da comida e do álcool, daquilo que sucede na nossa mente quando avançamos para a luz do sol das duas da tarde e sentimos o abraço quente do ar envolvendo o nosso corpo.
….
Quero lembrar aquilo tudo. Se querer tudo é pedir demasiado, então que seja apenas uma parte. Não, não – mais do que uma parte. Que seja quase tudo. Quase tudo, com espaços em branco reservados para as partes que faltam.”

Paul Auster em
“As loucuras de Brooklyn”
Quero falar daqueles momentos absorvidos num bom livro, com o som do mar como fundo, o calor na pele.
Quero falar das esplanadas, da cerveja gelada em contemplação do azul do horizonte.
Do desenrolar do dia sem planos.
Quero falar das boas surpresas que temos com as pessoas. Do prazer de fazer novos amigos. Das coisas que fazemos com quem gosta de nós. Das gargalhadas.
Do meu gato, e o que a presença dele me provoca.
Quero lembrar o que importa.
Quero lembrar a essência.
Quero lembrar os momentos felizes.
Sempre.
Cristina

8 de setembro de 2006

A arte de ignorar obstáculos - Acrobatas urbanos





Parkour
Acho absolutamente espectacular!
Tem tudo a ver com os nossos dias, a nossa capacidade ou incapacidade de enfrentarmos esta selva urbana que cada vez nos distancia mais da nossa essência humana.
Surge então este novo desporto que desafia as nossas capacidades de forma a nos integrarmos e nos sentirmos menos encurralados pela selva de betão.
Genial!