13 de agosto de 2008

People are strange


Quando uma cliente do café que frequentas pela manhã perto de casa sabe o teu nome, ficas com uma sensação estranha, um misto de sentimento de invasão e proximidade afável.
Principalmente quando não te lembras de alguma vez o ter dito.
Fiquei a pensar... hummm
Sempre fui uma pessoa que, sem deixar de ser educada, me preservei a conversas mais pessoais com as pessoas com que me cruzo na minha rua, no meu prédio.
Aquela tomou-me de surpresa.
Mas...

até gostei.

Nestes dias de individualismo e falta de contacto com as pessoas que nos rodeiam, soube-me bem nomearem-me, independentemente da cusquice que pode estar inerente.

Gosto quando as pessoas têm a descontracção de conversar com estranhos, ou pessoas com quem se cruzam habitualmente. Humaniza.

Há tempos fui abordada por uma senhora num café, por estar a ler Mia Couto, e acabou por ser uma conversa muito agradável. Pude constatar que estava perante uma pessoa de conversa interessante, e assim passei uns minutos enriquecedores. Tudo graças à sua espontaneidade.

Gosto disso. Gosto quando as pessoas não se comportam como ilhas. Gosto de pessoas que gostam de dialogar. Gosto de descobrir cumplicidades e olhares diferentes. E de ter a coragem de os procurar e descobrir.

De vermos rostos na multidão.



1 comentário:

Alf disse...

Também gosto disso. Se calhar por ser tão raro.

E tenho pena de não ser "solto" ao ponto de tomar a iniciativa.